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Seliny avançava pelo Norte, enquanto ela corria era possível ver sua sombra se destacando pela cidade. Os cabelos flamejantes refletiam o poder interior que ela possuía - a capacidade de controlar as chamas divinas. Seu objetivo era claro: confrontar Klymene, a responsável pela derrota de suas amigas, Polyana e Cinthya, agora aprisionadas em uma dimensão paralela, envoltas pelo sacrifício das deusas.

- Não seremos derrotadas neste lugar! Temos que cumprir nossa missão a qualquer custo, temos que honrar as famílias daqueles que foram mortos pela princesa da morte. – Seliny estava focada na sua missão.

Ao chegar ao castelo do Norte, Seliny percebeu a imponente presença de Klymene no pátio. Uma aura poderosa envolvia a guardiã número 1 nórdica, contrastando com a luminosidade das chamas ao redor de Seliny. O confronto iminente carregava o peso da vingança.

- Guardiã, minha querida, você veio até aqui para sua própria destruição – Alertou Klymene com seus olhos dourados brilhando ao olhar Seliny.

Seliny respondeu com um olhar determinado, erguendo as mãos e manipulando o fogo que pulsava em seu interior. As chamas ao seu redor aumentaram em intensidade, respondendo ao chamado de sua mestra.

- Hoje este castelo cairá sobre sua cabeça e o Norte inteiro conhecerá a fúria das guardiãs do Leste. – Seliny se aproximava de Klymene a passos curtos com seu corpo flamejante.

- Este castelo será sua cripta e todos os dias caminharemos sobre seu corpo sem vida em solo nórdico. – Falava Klymene com um tom ameaçador.

- Não tenho tempo pra debater com você, Klymene! – Seliny distorce a área do castelo com um vento quente.

A terrível batalha começou com uma troca de rajadas de fogo, cada chama cortando o ar como uma lâmina. Seliny e Klymene se moviam com agilidade, entre as faíscas, cada uma buscando o ponto fraco da outra. O castelo tremia sob o impacto das suas energias colidindo.

- PRISÃO DIVINA

Em meio a batalha, Klymene prende Seliny com diversas correntes vindas do solo do castelo e arremessando-as violentamente ao solo causando rachaduras no piso.

- Estas correntes estão vindo do solo do castelo? – Perguntava-se Seliny

- Você disse que nosso castelo cairia hoje, mas é você quem está caída dentro do castelo. – Falava Klymene

- Não me subestime guardiã nórdica! – O corpo de Seliny começava a brilhar intensamente e o ar dentro do castelo ficava mais quente, as plantas dentro do castelo começavam a pegar fogo e morrer.

Em um momento de velocidade, Seliny lançou uma torrente de chamas em direção a Klymene, que desviou habilmente. Klymene contra-atacou, criando um espaço cheio de correntes vindas do solo do castelo envolvendo Seliny, mas a guardiã do Leste criou espirais de fogo que envolviam sua adversária. No entanto, Klymene emergiu do espiral, com uma expressão desafiadora.

Neste momento ventos entravam no castelo e formavam um redemoinho em volta de Klymene. Do solo saíam mais correntes douradas e ficavam caídas em volta dela, a aparência de Klymene começava a mudar, sua vestimenta ficava dourada e seu cabelo ficava vermelho.

- Todas as guardiãs do Leste serão sacrificadas para as deusas nórdicas. Os crimes de vocês são imperdoáveis, você passará pela penitência divina por causa da sua rebeldia em profanar nosso solo sagrado! – Klymene levantava a mão e as correntes no chão se movimentavam em direção a Seliny.

- Em nome do Leste, você será derrotada! – Uma centelha de fogo aparecia diante de Seliny e se multiplicava por todo o castelo.

- Desta vez você não escapará da PRISÃO DIVINA! – Klymene lançava as correntes contra Seliny e em seguida diversos redemoinhos ocupavam todo o espaço do castelo afastando as centelhas criadas pela guardiã do Leste.

- Tola! Suas correntes nada podem fazer contra minha CENTELHA SOLAR!

Os ataques continuavam, as chamas solares contra-atacavam as correntes de Klymene em um espetáculo deslumbrante. Seliny tinha pressa pra salvar Polyana e Cinthya que estavam prestes a morrerem e isso serviu como um impulso adicional. Sua determinação se transformava em força, e o fogo que controlava se tornava mais feroz.

- O poder dela está aumentando. Se continuar assim as correntes serão derretidas. – Pensava Klymene

Klymene, por sua vez, não recuava. Suas correntes douradas espalhavam-se pelo pátio do castelo, e se misturavam com o fogo que estava em volta dela. No entanto, ela não podia chamar as deusas do sacrifício outra vez pois ela perderia sua energia e ficaria esgotada pois tal técnica exige muita energia.

Seliny vinha em velocidade e dava um golpe com os punhos cobertos por fogo e acertava Klymene que não conseguiu proteger a si mesma com uma barreira formada por correntes. Os elos das correntes começavam a enfraquecer e assim como ela havia previsto, partes das correntes estavam derretendo.

Seliny ao perceber que as correntes estavam derretendo troca de habilidade e ataca Klymene com uma das suas habilidades mais poderosa.

- CHAMA RADIANTE

A batalha atingiu seu ápice quando Seliny concentrou toda sua energia em um único golpe ardente. Klymene tentou resistir, mas as chamas radiantes de Seliny eram implacáveis. Um estrondo ecoou, marcando a queda de Klymene.

- Eu consegui! – Falava Seliny com uma expressão cansada pela terrível batalha dentro do castelo.

Seliny, exausta mas triunfante, olhou para o céu enquanto as chamas ao redor diminuíam lentamente. Com a queda de Klymene, as colunas de fogo que aprisionavam Polyana e Cinthya começaram a desvanecer.

As correntes em volta de Klymene desapareciam, sua vestimenta voltava a cor normal e seu cabelo ficava preto como antes.

Com um suspiro de alívio, Seliny correu em direção às amigas, que foram libertadas da dimensão paralela. Desacordadas ainda, Cinthya e Polyana estavam fracas, algumas partes dos corpos delas estavam queimados o que ocasionava muita dor. Seliny tinha habilidades de curas, mas estas habilidades eram simples, mesmo assim ela as usou pra reduzir as dores das amigas guardiãs.

Enquanto Seliny ajudava suas amigas, ela estava feliz por ter triunfado sobre Klymene. No entanto, correntes ressurgiam do solo do castelo, ventos sinistros preenchiam o ar. Klymene, aparentemente derrotada, revelou uma energia ainda mais sombria.

- Você subestimou a verdadeira extensão do meu poder, Seliny – disse Klymene, seus olhos brilhando com uma intensidade renovada.

Seliny olhou para atrás e antes que pudesse reagir, Klymene a atingiu com diversas correntes mais fortes e poderosas, envolvendo-a completamente. Klymene emergiu com uma força avassaladora, lançando um contra-ataque surpreendente. As chamas de Seliny, agora ofuscadas pelas correntes de Klymene, lutavam para resistir à nova investida.

A batalha tomou um rumo inesperado. Klymene, alimentada por uma fonte de poder vinda do solo do castelo, desferiu golpes devastadores. Seliny, surpresa pela reviravolta, lutava para se manter de pé diante da intensidade renovada de sua oponente e mesmo tentando se proteger com um escudo de fogo ela não conseguia acompanhar mais os poderosos ataques de Klymene.

Com um movimento hábil, Klymene abriu uma portal dimensional paralelo, uma fenda entre as realidades. Em um instante, as correntes se transformaram em um vórtice que puxaram Seliny violentamente, arrastando-a para uma dimensão paralela. Klymene e Seliny desapareceram, substituídas por estatuas desconhecidas no salão principal do castelo do Norte.

Seliny se viu presa, desorientada na nova realidade. O que antes era uma vitória agora se tornara uma derrota cruel. Klymene, triunfante, observava de dentro do portal, as chamas de Seliny extinguindo-se na distância entre os mundos.

Klymene de dentro da dimensão paralela chamava as deusas do Norte mais uma vez após recuperar sua energia, as deusas se materializavam em frente Seliny e prendia ela em colunas de fogo.

Enquanto isso, Sibelly chegava ao castelo e via a dimensão paralela onde estava presa Seliny e criava uma enorme escada de gelo que chegava próximo ao portal da dimensão paralela. Sibelly corria e ao se aproximar lançava diversas lanças de gelo contra Klymene, mas a guardiã conseguia capturar Sibelly com suas correntes douradas e puxava ela pra dentro da dimensão paralela, mas Polyana parava as correntes com sua habilidade de Paralisia.

Por trás de Polyana aparecia Cinthya em velocidade absurda e puxava Klymene através das correntes que estavam paralisadas. Klymene foi lançada para o solo do castelo e foi presa dentro de uma imensa parede de gelo que Sibelly criou.

- Vocês estão profanando o solo sagrado deste castelo – Chegava Anysa incendiando tudo dentro do castelo.

<< 17. A queda do castelo nórdico