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Em outro lugar, distante dali, uma garota notava inimigos se aproximando do portal onde ela protegia e se preparava para um confronto.

- Foram muitos anos sem confrontos, muitos anos de paz, mas parece que isso está chegando ao fim... Eu, Myllene não permitirei que ninguém tire a paz desta cidade.

Uma das guardiãs do portal Oeste estava pronta para um confronto que se tornaria uma guerra sem precedentes. Myllene, a guardiã número 10 era tão habilidosa quanto a guardiã número 08, Wanelma.

Há muito tempo havia uma cultura antiga onde os povos acreditavam que banhar seus filhos com plantas antigas daria a eles habilidades que poderiam trazer proteção para suas cidades contra invasores. Por muito tempo isso foi cultivado e quando um casal tinham filhos eles eram abençoados através de um ritual utilizando apenas plantas naturais que eram consideradas sagradas por muitos povos. 

Ao nascerem, o primeiro banho era com diversas plantas escolhidas por seus pais, eles acreditavam que cada planta poderia trazer um tipo de habilidade nas quais a criança iria desenvolver durante sua vida. Os pais não tinham controle algum sobre que tipo de habilidade seus filhos teriam, mas acreditavam que as plantas mais bonitas e raras eram as que tinham as melhores habilidades a oferecer.

Esse rito foi cultuado por séculos e cada pessoa que desenvolvia suas habilidades passavam a serem protetores de suas cidades, eram conhecidas como guardiãs. Sua distribuição era de acordo com cada cidade e geralmente a cidade que tivesse mais guardiãs se tornavam mais forte e recebia diversos recursos de cidades que não tinham guardiãs e isso se tornou um negócio lucrativo e também corrupto.

A ganância por poder e dinheiro passou a formar clãs independentes que tinha apenas o objetivo de conquistar outras cidades e ficar com todos os recursos delas e as guerras começaram a acontecer frequentemente.

Dias atrás...

- As guardiãs do Oeste são conhecidas como as mais talentosas e suas cidades são as mais bem sucedidas, porém elas não seguem ordens de ninguém e isso é uma fraqueza entre elas. Eu gostaria de tomar o controle do Oeste, lá é o coração de tudo. Quem entre vocês poderia fazer uma missão de reconhecimento para uma invasão futura no Oeste?

- Meu nome é Polyana, sou uma das guardiãs de elite do Leste, sou a guardiã número 5 e estou a disposição para fazer a missão de reconhecimento.

Polyana, quais são seus feitos que te colocaram entre as 5 melhores guardiãs do Leste?

- Derrotei as guardiãs número 10 e 9 do Norte e derrotei as guardiãs 9 e 8 do Sul e além disso aprisionei a guardiã número 10 do Norte e conquistei sozinha a floresta gêmea do Oeste.

- Feitos impressionantes! A missão é sua! Conquiste o portal número 10 e derrote a guardiã dele.

- Sim, mestre.

Polyana seguiu para sua missão em direção ao portal 10 do Oeste. Ela esteve no Oeste na floresta gêmea onde derrotou Elviry irmã gêmea de Elvyra, para ela as entradas do Oeste são conhecidas.

Ainda na floresta gêmea, Klaudya acorda enquanto Elvyra se preparava para assumir o posto de sua irmã derrotada.

- Aonde você vai, Elvyra?

- Minha irmã mais nova foi derrotada por uma guardiã do Leste, eu preciso manter a entrada da cidade protegida pois perdemos a segurança da cidade e minha irmã está praticamente morta.

- Sinto muito por isso, Elvyra. Quantos anos tem sua irmã?

- Ela tem apenas 12 anos.

- 12 anos? Ela é apenas uma criança! Como puderam fazer isso com uma criança?

- Eu disse a você Klaudya, os inimigos não escolhem com quem lutar, eles lutam contra todos, jovens, crianças e idosos.

- Maldição! Eu não queria me envolver nisto, mas não permitirei que crianças sejam mortas por adultos que não tem controle entre si.

Klaudya sai em direção a trilha principal da floresta gêmea.

Distante dali, Myllene rastreia com sua habilidade sensorial a chegada de Polyana que se aproxima rapidamente do portal 10 do Oeste e a ver chegando.

- Quem é você?

- Meu nome é Polyana, guardiã número 5 do Leste.

- O que você quer aqui?

- Estou em uma missão e gostaria que você colaborasse respondendo minhas perguntas.

- Não irei responder nenhuma pergunta, você está em território privado, peço que saia daqui e retorne para sua cidade.

- Quem é você que ousa me dizer o que fazer?

- Myllene, guardiã deste portal

- Qual sua patente, Myllene?

- Não importa minha patente, saia daqui!

- Myllene, eu sou de patente 5, não acha que você deveria ser mais educada comigo?

- As patentes dos outros territórios não significam nada para nós no Oeste, você deveria saber disso!

- Na floresta gêmea uma criança me disse a mesma coisa e ela aprendeu da pior forma que devemos respeitar os superiores, é uma pena que ela entendeu isso tarde demais e quando chamou por sua irmazinha para protege-la, já era tarde demais para se arrepender!

Ao ouvir o que Polyana disse, Myllene lembrou que a criança derrotada era órfã de mãe e pai e morava com seus avós doentes na floresta gêmea que é responsável pela alimentação dos clãs mais pobres.

- Como você teve coragem de derrotar uma criança?

- Ela tentou diversas vezes me impedir de tomar aquela localidade então tive que matá-la.

Ao ouvir aquelas palavras, Myllene perdeu totalmente o controle e pulou em direção a Polyana, mas...

- PARALISIA

Polyana parou o corpo de Myllene com sua habilidade de paralisia que é uma de suas habilidades psíquicas.

- Você é muito esquentada, é melhor ficar parada aí enquanto arranco seu coração com meu próximo golpe.

-  Então foi dessa forma que você a derrotou, não foi?

- Essa é minha habilidade, eu a uso contra meus inimigos.

- Posso sentir o medo daquela criança ao ter o corpo dela paralisado e não poder fazer nada.

- Ela chamou pela mãe dela – Falava sorrindo.

- Eu não sou aquela criança, Polyana.

- Mas está presa igual ela.

- Sim e por isso você ainda está viva, mas...

Myllene tem habilidades sensoriais e psíquicas

- ...Você morrerá da mesma forma!

-  A única pessoa quem irá morrer aqui será você, Myllene! – Pulando em direção a Myllene para perfurar seu peito esquerdo.

- CRISTAIS!

O braço de Polyana é perfurado por 4 cristais azuis, ela pula para trás segurando o braço atingido.

- Estes cristais são capazes de cortar e fazer grandes danos a qualquer pessoa, eu posso controla-los apenas com a mente então não importa se meu corpo está paralisado ou não, as minhas habilidades de ataque e defesa continuam ativas.

- Você é grandiosa, Myllene. Me causar esse dano, terei prazer em quebrar seus ossos até seu maldito crânio!

Ao dizer isso, Polyana começa a manipular o corpo de Myllene e começa a quebrar os ossos dos braços dela.

- Ahhhhggg – Grita Myllene.

- Minha mãe dizia que não importa o controle mental das pessoas, a dor sempre irá faze-las parar de pensar! Me diga Myllene, consegue ainda usar sua mente enquanto seus ossos são quebrados? – Sorria.

- Polyana... Você deveria ter quebrado meu crânio. – Falava olhando seriamente para ela.

- DIAMANTES DA MORTE!

Enquanto olhava para Myllene paralisada, o peito de Polyana foi atingido por um diamante negro. Seu corpo começou a sangrar rapidamente e aos poucos sua visão ficava turva, mas alguém chegava ali...

- Nunca pensei que você seria derrotada tão facilmente, Polyana. – Falava Cinthya, número 03 do Leste.

>> 03. A Corajosa Myllene