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O silêncio que se seguiu foi mais ensurdecedor do que qualquer grito. O clã que acabara de defender agora testemunhava a perda de uma parte vital de sua força.

Anysa ajoelhou-se ao lado do corpo de sua amiga, lágrimas silenciosas misturando-se à neve ensanguentada. A vitória transformou-se em tristeza, e o gelo que ela havia derrotado tornou-se testemunha muda de uma tragédia indescritível.

A noite caía sobre as ruínas do antigo castelo, pintando o céu com tons de laranja e azul. No pátio, Anysa e Richelly, manipuladoras dos elementos opostos, estavam prestes a se enfrentarem numa batalha que transcenderia os limites da própria fortaleza.

As mãos de Anysa ardiam em chamas, lançando faíscas ferozes enquanto ela encarava Richelly, cujos olhos gelados expressavam confiança silenciosa.

- Você vai pagar muito caro por ter matado Klymene, eu juro por todas as deusas do Norte que eu irei pulverizar você com minhas próprias mãos! – Anysa tomada pelo ódio sentenciava Richelly

Sem troca de palavras adicionais, a batalha começa. Bolas de fogo se chocavam contra cristais de gelo afiados, transformando o pátio em um campo de batalha tumultuado. Chamas e gelo espalhados no ar, cada movimento uma expressão de poder e resistência.

Anysa, com um sorriso ardente, provocou:

-  Seu gelo não pode extinguir minha chama, Richelly!

Richelly, erguendo as mãos para formar barreiras de gelo, respondeu com determinação:

- E seu fogo nunca queimará meu coração!

A intensidade da batalha aumentava a cada momento. O pátio tremia sob os poderes colidindo, e o castelo testemunhava a fúria desencadeada dos elementos. O ar se tornava denso com vapor, resultado do constante choque entre calor e frieza.

- 1000 ESPADAS DE GELO

- AURORA DE FOGO

Anysa usava uma técnica poderosa que cobria a área do castelo com bolas de fogos e direcionava todas as bolas de fogo contra Richelly, mas a guardiã do Leste conseguia extinguir as bolas de fogo com seus diversos cristais de gelo.

Anysa, ofegante, por ter gasto muita energia na luta anterior, percebia a habilidade de Richelly em manipular as correntes de gelo. Enquanto isso, Richelly admirava a tenacidade de Anysa em desafiar as leis da frieza.

- Você é mais habilidosa do que eu imaginava, Anysa. – Admitiu Richelly.

Anysa respondeu, entre respirações pesadas:

- E você é mais resistente do que eu poderia imaginar, Richelly.

O campo de batalha estava marcado pelas cicatrizes dos poderes colidindo, e o castelo estremecia sob a intensidade da luta. Mas nenhuma das guerreiras mostrava sinais de recuar.

Com a exaustão começando a se instalar, Anysa e Richelly trocaram olhares de determinação. No entanto, ambas sabiam que a batalha estava longe de terminar.

Em mais um esforço, elas canalizaram mais energias de seus poderes. Chamas e gelo colidiram em uma explosão espetacular, envolvendo o castelo em uma tempestade de energia. O impacto foi tão intenso que o solo tremeu e o restante das estruturas ao redor começaram a desmoronar.

Quando a poeira baixou, Anysa e Richelly estavam caídas, gravemente feridas. O castelo, agora em ruínas, era testemunha do confronto épico entre fogo e gelo. A noite silenciou, mas as chamas e o gelo continuariam a ecoar naquela batalha.

O campo de batalha estava mergulhado em caos enquanto Anysa e Richelly, exaustas e sangrando, se encaravam em meio aos destroços do castelo.

- Eu não vou morrer aqui. – Se levantava Richelly

Anysa, ofegante, lançou um olhar desafiador para Richelly enquanto se levantava também, ela se mantinha firme apesar das marcas do combate. As chamas descontroladas nas mãos de Anysa lançavam sombras em seu rosto, enquanto o olhar gélido de Richelly refletia uma determinação silenciosa.

- Chegou a hora de decidirmos isso de uma vez por todas, Richelly. – Falou Anysa, sua voz carregada de fogo e determinação.

Richelly erguendo as mãos para formar um último ataque de gelo, respondia:

- Sim, Anysa. Este será nosso último ataque!

Num último esforço, as duas guardiãs se lançaram uma contra a outra. O choque de poderes modificou o ar em volta, criando ondas de choque que agitavam os escombros ao redor. Chamas vorazes devoravam o gelo enquanto lanças de gelo perfuravam o ar em direção ao fogo.

Anysa: (gritando) Seu gelo não resistirá a esta chama final!

Richelly: (firmemente) E seu fogo será extinto pela última vez!

A intensidade da batalha atingiu um novo patamar. Cada golpe, cada explosão, era uma determinação de não ceder ao oponente. O choque impressionante dos golpes modificavam toda a área em volta.

À medida que a luta se arrastava, a exaustão começava a dominar. Anysa sentia o calor de suas chamas enfraquecer, enquanto Richelly via seus poderes de gelo perderem a força. O campo de batalha, agora envolto em fumaça e vapor, via as duas guerreiras se aproximando do limite de suas forças.

Anysa: (ofegante) É um empate, não é, Richelly?

Richelly, com uma expressão cansada, concordou:

- Sim, Anysa. Parece que nossos poderes são iguais.

Num gesto simultâneo, as duas guardiãs canalizaram o restante de suas energias em um último ataque. Uma explosão de calor e frio se desencadeou, envolvendo-as em uma esfera de energia que iluminou todas as ruínas do castelo nórdico. 

O castelo, já em ruínas, estremeceu sob a força desse último ataque. Pedras foram lançadas para o ar, e o rugido elemental ecoou pela noite. Quando a poeira se assentou, Anysa caiu sobre as ruínas do piso do castelo e Richelly tentando ficar de pé, por fim, cai sobre as ruínas, seus corpos marcados pela exaustão e ferimentos banham o piso do castelo com sangue.

O campo de batalha estava agora mergulhado em silêncio, interrompido apenas pelas brasas e os estalos de gelo derretendo. O castelo, outrora majestoso, estava quase irreconhecível, sem estruturas, apenas ruínas, uma vítima dos elementos que o consumiam.

Anysa e Richelly, mesmo caídas, compartilharam um último olhar através da fumaça e gelo. Uma respeitosa compreensão brilhava em seus olhos antes que a escuridão da noite as envolvesse. As duas guardiãs haviam esgotado suas forças, deixando para trás um campo de batalha destruído como testemunho da intensidade do conflito elemental que as consumiu.

Diante das ruínas do castelo chegava a princesa da morte e caminhava em direção a Richelly e a olhava fixamente.

- Eu lembro de você Richelly. – Pegava Richelly pelo cabelo e levantava ela e soprava um ar verde que envelhecia Richelly.

A princesa da morte avistava Sibelly debaixo dos escombros e sorria.

- Naquela luta que tivemos no Leste você quase tirou minha vida. – Caminhava em direção a Sibelly e ao chegar sentava-se sobre os escombros ao lado dela.

- Ficarei aqui até ouvir o seu último suspiro e de suas amigas – Sorria alto

Enquanto falava isso a princesa da morte era envolto por um portal e ao tentar se mexer Polyana paralisava ela através das ruínas de onde ela estava.

- Você será julgada pelas leis do Leste, princesa Jasminy! – Aparecia diante dela Amynah, a mensageira e tele transportava a princesa para o castelo do leste.

- Seja bem-vinda, princesa Jasminy. – Falava com os olhos brilhando, Gabryelle.

<< 19. O julgamento