19. O julgamento

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- Seja bem-vinda, princesa Jasminy. – Falava com os olhos brilhando, Gabryelle.

Gabryelle observava a princesa Jasminy com olhos firmes, enquanto a atmosfera no grandioso salão do castelo do Leste pairava carregada de tensão. Jasminy, capturada e agora diante da líder do Leste, sabia que seu destino estava nas mãos das leis que governavam aquelas terras. A sala, adornada com tecidos antigos e iluminada por candelabros imponentes, presenciaria um dos julgamentos mais importantes da história do reino.

- Princesa Jasminy, sua presença aqui não é por acaso. Você é acusada de matar pessoas inocentes, um ato que viola as leis fundamentais do Leste - declarou Gabryelle com seriedade, seus olhos penetrando nos de Jasminy.

- Eu juro, Gabryelle, não tive intenção de causar mal algum aos inocentes. Há forças que estão além do meu controle, forças que me obrigaram a agir da maneira que agi - defendeu-se Jasminy, seus olhos expressando sinceridade e sorrindo.

- As leis do Leste não aceitam desculpas baseadas em forças externas. Cada ação, cada escolha, é de responsabilidade daquele que a faz - respondeu Gabryelle com firmeza.

- Você será julgada de acordo com nossas tradições, e a justiça será feita! – Falava firmemente Gabryelle

Gabrielly então sinalizou para as guardiãs que estavam presentes no salão, indicando que retirassem as correntes inibidores de poder que mantinham Jasminy imobilizada. A princesa da morte se levantou, mantendo o olhar fixo na líder do Leste.

- O julgamento começará agora. As testemunhas serão ouvidas, as evidências apresentadas, e sua defesa será ouvida - anunciou Gabryelle, comandando a ordem do procedimento.

Amynah, a mensageira, aproximou-se e começou a relatar os eventos que levaram à captura de Jasminy. Testemunhas foram chamadas, cada uma descrevendo as consequências sombrias dos atos da princesa Jasminy. A sala estava imersa em um silêncio solene, quebrado apenas pelo som das vozes ecoando.

- Assassina! Você matou nosso povo! – Gritava as pessoas presentes

- Princesa Jasminy, como líder do Leste, cabe a mim garantir que a justiça prevaleça. Você tem o direito de se defender - disse Gabryelle, dando a Jasminy a oportunidade de falar em sua própria defesa.

- Minhas ações foram extremas e necessárias, fiz o que julguei necessário para proteger o reino. Há uma ameaça que se esconde nas sombras, uma ameaça que pode destruir tudo que amamos - argumentou Jasminy, sua voz carregada de certeza.

- A ameaça que você menciona não justifica a morte de inocentes. Há sempre alternativas, caminhos que não envolvem sacrifícios desnecessários. A lei do Leste é clara sobre isso - respondeu Gabrielly, mantendo sua posição inabalável.

O julgamento prosseguiu, com argumentos ríspidos de ambos os lados. Evidências foram apresentadas, testemunhos ouvidos, e a sala estava saturada de emoções conflitantes. O destino de Jasminy pendia na balança da justiça do Leste, e Gabryelle estava determinada a fazer valer as leis de sua terra.

O veredicto final se aproximava, e o suspense no salão do castelo do Leste era tenso. O reino aguardava ansiosamente a decisão que mudaria o futuro de todos.

Enquanto isso no Norte.

Melyna chegava nos escombros do castelo e encontrava Klymene e Anysa sobre os escombros. Anysa estava muito machucada e Klymene sem vida, Melyna cobria o corpo de Klymene com um tecido vermelho e chorava sobre o corpo dela.

- Sua morte não será em vão, o Leste pagará por isso. – Jurava sobre o corpo de Klymene

Yoanne também chegava ao local e recolhia o corpo de Klymene e a levava para cripta do Norte onde as guardiãs eram enterradas. Melyna levava Anysa para a sala médica local. A rainha Tassilya foi informada do que havia acontecido e convocava as guardiãs no castelo central.

A rainha Tassilya ergue-se diante das guardiãs do Norte, seu olhar firme refletindo a determinação que queimava em seu coração.

- Valentes guardiãs do Norte, ouçam-me agora. O Leste ousou desafiar a paz e roubar-nos a princesa Jasminy, sangue de nossa terra. Não podemos permitir tal afronta sem resposta. Hoje, invadiremos o Leste com fúria inquebrável para trazer de volta nossa nobre princesa Jasminy.

As guardiãs, com olhos atentos e corações inflamados, absorvem as palavras da rainha.

- Por séculos, nossa irmandade tem protegido as terras do Norte. Nossos laços são forjados em honra e lealdade, e agora, mais do que nunca, devemos mostrar ao mundo que nossa força é inabalável. Pelas gerações passadas e pelas que estão por vir, iremos avançar e buscar o que é nosso por direito.

Um barulho de concordância ecoa entre as guardiãs, seus poderes brilhando sob a luz do sol que penetra pela sala.

- E não faremos isso apenas pela princesa Jasminy, mas também por nossa irmã Klymene, que foi morta em batalha. Eu prometo a vocês, minhas leais guardiãs, que iremos vingá-la. Mas para isso, precisamos de mais do que coragem; precisamos invadir o Leste e fazê-los pagar por derramar sangue de nossas irmãs.

O semblante da rainha endurece enquanto ela revela seu próximo passo.

- Iremos comunicar o Oeste, que estamos declarando guerra contra o Leste e que por nossas leis terem sido quebradas temos respaldo para guerrear sem quebrar o pacto de paz. Juntas, unidas por um propósito comum, seremos imparáveis. Que as estrelas testemunhem nosso juramento e que o vento espalhe nossa determinação pelos quatro cantos da terra. Para o Leste marcharemos, para a glória do Norte, pela justiça e pela nossa querida princesa Jasminy!

As guardiãs do Norte respondem com um estrondo de poderes se chocando em um gesto unificado de lealdade, prontas para seguir sua rainha até o fim.

Enquanto isso no Leste.

A tensão no salão do castelo do Leste atingia seu ápice. Gabryelle, após cuidadosa análise dos fatos, se levantou e dirigiu-se ao centro do salão, onde Jasminy aguardava com olhos fixos nela.

- Princesa Jasminy, suas ações foram consideradas uma violação grave das leis do Leste. Em reconhecimento aos seus poderes e à gravidade de suas transgressões, o veredicto é o seguinte - Gabrielly anunciou, sua voz ressoando pela sala.

- Você será aprisionada na fortaleza do Leste, onde todos, independentemente de seu status ou poder, perdem suas habilidades.

Jasminy arregalou os olhos, o impacto da sentença ecoando em seu ser. A fortaleza do Leste era conhecida por sua capacidade de neutralizar os dons sobrenaturais de qualquer indivíduo que nela fosse encarcerado. Era uma punição severa, privando a princesa da morte de sua força e influência.

- Isso é uma injustiça! Eu sou uma princesa! Eu exijo que me levem de volta ao Norte para que minha mãe, a rainha decida meu destino! - Jasminy mostrava insatisfação, sua voz ecoando pelas paredes do salão. Seus olhos brilharam com uma intensidade ameaçadora enquanto ela olhava para Gabryelle e os presentes.

As guardiãs começaram a se aproximar, prontas para escoltar Jasminy para a fortaleza. Entretanto, a princesa da morte levantou a mão, seus dedos formando gestos complexos enquanto pronunciava palavras antigas em uma língua mística.

- Se ousarem me aprisionar, todos vocês enfrentarão a ira dos mortos que eu comando! - ameaçou Jasminy, sua voz ecoando com um tom sombrio que enviou arrepios pela espinha de todos no salão.

Nesse momento crítico, Amynah, a mensageira, deu um passo à frente. Ela empunhava um artefato antigo, brilhando com uma luz etérea. Com um gesto habilidoso, Amynah ativou o artefato, desencadeando uma onda de energia que envolveu Jasminy.

- Não subestime o poder que também possuímos, princesa. Esta fortaleza é protegida por antigas magias que transcendem os poderes individuais. Você será aprisionada, e suas ameaças não serão toleradas - declarou Amynah com calma, sua expressão inabalável.

À medida que a energia se dissipava, Jasminy percebia que seus poderes estavam momentaneamente enfraquecidos. Sua postura, antes dominadora, transformou-se em uma expressão de impotência e fúria contida.

As guardiãs avançaram, finalmente conseguindo prender Jasminy e conduzi-la para a fortaleza do Leste. A princesa da morte lançou olhares furiosos, mas sua capacidade de infligir danos havia sido temporariamente suprimida.

A sala do castelo do Leste ficou em silêncio, enquanto o eco das palavras de Jasminy desaparecia. A justiça havia sido proferida, mas o drama estava longe de terminar. O reino observava com apreensão, ciente de que o destino da princesa da morte estava agora selado na fortaleza impenetrável do Leste.

Ainda na sala do castelo Gabryelle fala para as guardiãs presentes.

- Preparem-se para a guerra que está vindo para a nossa porta. Lutem com força máxima e protejam cada pessoa de nossas terras com suas próprias vidas.

Ao terminar de falar, as guardiãs Dafny, Saryna, Rayna, Malka e Kalanit se posicionavam em pontos estratégicos esperando a invasão do Norte.

- Hoje, a noite será longa e o amanhecer será carmesim. – Falava Kalanit

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