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Enquanto o amor de Witc e Sulh permanecia distante, um novo desafio surgia na Floresta Gêmea, um ser desconhecido ameaçava a harmonia do lugar que um dia fora seu refúgio.

Uma sombra sinistra começou a se espalhar pelos bosques, uma presença desconhecida que perturbava a paz outrora serena da Floresta Gêmea. Ruídos estranhos ecoavam entre as árvores, enquanto animais se agitavam inquietos, anunciando um presságio sombrio.

Witc, mergulhado em sua própria solidão, sentiu a inquietação na natureza que o cercava. Um pressentimento estranho o atormentava, despertando-o para um perigo iminente que se aproximava.

— Alguma coisa entrou dentro da floresta, algo abissal! Está indo em direção as montanhas sagradas!

Enquanto isso, Sulh, distante e isolada, também sentia o desconforto na floresta. A tristeza que a consumia era amplificada pelo presságio sombrio que parecia pairar sobre ela.

— Que energia maligna é essa? Está tomando de conta de toda a floresta!

Um ser abissal, adormecido por eras, despertava novamente, trazendo consigo uma ameaça desconhecida que afetava a própria essência da Floresta Gêmea.

Os ventos sussurravam histórias de antigas disputas entre os espíritos da floresta, uma batalha entre forças elementais que ameaçava desequilibrar a harmonia ancestral. O eco dos tempos passados clamava por intervenção, alertando Witc e Sulh para um perigo iminente que pairava sobre o lar que um dia compartilharam.

Enquanto as sombras se intensificavam, Witc e Sulh, mesmo distantes um do outro, sentiam um chamado, um vínculo que os unia além do amor, uma ligação com a própria essência da Floresta Gêmea.

Os conflitos internos que os consumiam agora se mesclavam com o despertar do conflito na natureza, e uma jornada incerta se desenhava diante deles, um chamado para enfrentar a escuridão que ameaçava destruir a beleza e a paz que um dia conheceram.

Outras guardiãs sentiam a ameaça enquanto os espíritos da floresta alertavam sobre o despertar do antigo demônio, um ser de poder inimaginável que agora emergia das profundezas da floresta.

Witc e Sulh sentiram o chamado, um pedido de socorro que tocava em seus corações, instigando-os a agir em prol da preservação da floresta que um dia os uniu. Mesmo separados, o vínculo que compartilhavam era uma força que os guiava na direção da batalha iminente.

Witc corria em direção ao demônio antigo e se deparava com um ser medonho e poderoso que cortava e queimava tudo em volta com chamas vermelhas.

— O que é isso? – Perguntava-se Witc

Um portal se abrir no mesmo lugar onde Witc estava e Sulh saía de dentro dele vestida de preto envolta com sua energia roxa.

No coração da floresta, eles se encontraram, olhares refletindo a urgência da situação. Sem precisar de palavras, ambos sabiam o que estava em jogo: a sobrevivência da Floresta Gêmea e de suas criaturas.

— Precisamos destruir essa coisa e proteger a floresta. – disse Witc.

Sulh concordou, sua expressão refletindo a coragem que ela havia reunido para enfrentar o perigo. — Juntos, vamos proteger este lugar.

A escuridão que se adensava à frente deles era opressiva, uma presença que engolia a luz e a beleza da floresta. O demônio, liberto por desígnios antigos, era uma força que ameaçava despedaçar a harmonia milenar do lugar.

O demônio abissal atacou Sulh tão rápido que ela não conseguiu acompanhar os movimentos dele. Ele havia ferido profundamente seu braços quase o decepando.

Witc ergueu uma barreira defensiva de energia, enquanto Sulh canalizava seu poder caótico, preparando-se para contra atacar o ser abissal. A batalha recomeçava, a força do demônio manifestando-se em tentáculos negros que se erguiam das sombras e começava a furar Sulh em uma velocidade descomunal, mas a guardiã arrancou dois tentáculos somente com sua força bruta enquanto Witc petrificava os outros tentáculos.

Entre movimentos ágeis e estratégias combinadas, Witc e Sulh lutavam lado a lado, suas habilidades complementando-se em defesa e ataque. O demônio rugia, lançando fogo e escuridão, enfrentando dois. Witc e Sulh, lutando contra a ameaça iminente, mantinham-se firmes, suas vozes ecoando em um coro de resistência contra a criatura que ameaçava a vida na floresta.

— A Floresta Gêmea não cairá enquanto nós estivermos aqui! – gritou Sulh, sua voz cortando o ar.

— Nós somos o escudo desta terra, e lutaremos até o fim! – respondeu Witc.

A batalha continuava, cada movimento deles um esforço para conter a escuridão, para preservar a beleza e a vida que habitavam a floresta. Os ataques do ser sombrio começavam a causar ferimentos em Sulh. Witc, rápido e preciso, concentrou-se em suas habilidades de regeneração para neutralizar os danos, suas mãos ágeis canalizando uma energia restauradora.

— Sulh, aguente firme. – disse a ela enquanto regenerava as células do corpo dela.

Sulh, mesmo ferida, não recuava, continuava atacando o ser abissal que era tão alto quanto as árvores da floresta. Com a determinação de quem lutava não só por sua própria vida, mas pela preservação da floresta, concentrou-se em seus poderes caóticos, reunindo uma imensa energia de destruição que carregava dentro de si.

— Chega de ser boazinha! – falava Sulh.

— Calma Sulh! Há outras vidas na floresta! – Alertava Witc preocupado com a destruição que ela poderia causar.

O demônio avançou com uma fúria crescente, tentáculos sombrios se estendendo para atingir os dois guardiões. Sulh ergueu os braços, concentrando seu poder, e uma esfera de energia caótica começou a se formar entre suas mãos, pulsando com uma intensidade assustadora.

Witc, continuava a curar os ferimentos de Sulh que se multiplicavam ao ser atingida sem parar pelo ser abissal, ergueu a cabeça e viu a magnitude do poder que ela convocava.

— Pelos deuses! Ela vai destruir tudo em volta!

Sulh mudou toda a sua aparência transformando-se momentaneamente em pura energia. Ela direcionou sua energia para o demônio, a esfera destrutiva crescendo em intensidade e brilho. Seus olhos brilhavam com a concentração destrutiva, sua expressão uma mistura de determinação e dor.

O demônio enfurecido, com um grito estrondoso se preparou pra dar um ataque mortal em Sulh, mas antes que seus tentáculos pudessem alcançar a guardiã, Witc refez a barreira de proteção, mas Sulh liberou a energia acumulada. Uma onda avassaladora de poder caótico irrompeu dela, destruindo a barreira de Witc e colidindo com o demônio em um espetáculo de luz e trevas.

A energia colérica de Sulh, combinada com a habilidade Witc, criou uma reação imprevisível. Enquanto o demônio era consumido pelo poder destrutivo, os ferimentos de Sulh se curavam instantaneamente, a luz e a escuridão se chocando em uma explosão de energia.

O brilho intenso do confronto ofuscava a visão. As árvores murmuravam, os ventos uivavam, testemunhando a colisão titânica que decidiria o destino da Floresta Gêmea. Witc e Sulh, unidos por laços profundos, canalizavam suas energias para proteger aquele lugar que significava tanto para eles.

O demônio, em meio à explosão de poder, começou a desintegrar-se, dissolvendo-se em um vórtice de luz e sombras. O caos e a destruição que havia trazido à floresta estavam sendo banidos, a energia liberada por Sulh e Witc purificando o ambiente, restaurando a paz outrora ameaçada.

A poeira baixou, revelando uma floresta serena, iluminada pelos raios solares que penetravam entre as copas das árvores. Witc e Sulh, olharam um para o outro, sorrisos de alívio se formando em seus rostos, a vitória refletida nos olhares.

Juntos, eles haviam triunfado sobre o demônio, protegendo a essência da Floresta Gêmea e provando que, unidos, podiam enfrentar qualquer desafio que ameaçasse o amor e a harmonia daquele lugar mágico.

— Witc, me encontre depois de amanhã na floresta central. Estarei esperando por você lá. – Desaparecia ao entrar em um novo portal.