Solarians e o Reino Oculto
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O Deserto Radiante, é uma terra oculta, vasta e dourada onde os raios do sol se misturam com os grãos de areia, lá habitam os Solarians. Eles são seres feitos de luz dourada, eles são tão transitórios quanto o pôr do sol, mas igualmente magníficos. Seus corpos iridescentes brilham com a intensidade dos sóis, e cada um deles é uma manifestação viva da energia solar.
Nas cidades dos Solarians, torres prismáticas se erguem majestosamente em meio ao deserto. Essas estruturas não só servem como moradias para os Solarians, mas também captam e canalizam a energia radiante do sol. Feitas de cristais que desviam a luz, essas torres são verdadeiros santuários que armazenam e redistribuem a energia solar por toda a sociedade dos Solarians.
A vida entre os Solarians é um equilíbrio delicado entre contemplação e ação. Eles se deleitam com a energia solar, alimentando-se dela de maneiras que transcendem a compreensão humana. Em seu cotidiano, dedicam-se à arte, à ciência e à compreensão dos mistérios do universo. A luz não é apenas sua fonte de vida, mas também a inspiração para suas criações mais esplêndidas.
Neste deserto deslumbrante, os Solarians se reúnem em assembleias cerimoniais, dançando ao ritmo das auroras e crepúsculos, enquanto canalizam a energia dos sóis para suas práticas espirituais. Seus olhos resplandecem com o conhecimento ancestral que passa de geração em geração, como a luz que atravessa o éter.
Em um salão dentro da Torre Prismática, duas Solarians se reuniam em um círculo resplandecente, cada uma delas emanando uma aura dourada que refletia os raios do sol captados pelas paredes prismáticas.
Parisa, com seu brilho deslumbrante, andou em direção ao círculo, seus olhos irradiando energia solar. — Vejo sombras se aproximando de nossas fronteiras.
Marjan, com um olhar enigmático, respondeu: — Posso criar ilusões para confundir os invasores.
Parisa ergueu a mão, com os raios solares ao seu redor. — Vamos para o deserto investigar de perto esta situação.
Anteriormente no Oeste...
Era uma noite estrelada, Myllene, com seus olhos brilhando e com sua habilidade de manipular cristais, caminhava em companhia de Klaudya, sua amiga que controla os raios. Elas estavam em busca de uma planta lendária que se dizia estar enterrada em meio às areias de um deserto distante.
Enquanto seguiam um mapa antigo, discutiam animadamente sobre as lendas e segredos que podiam estar ocultos no Deserto Radiante. Klaudya apontava para as constelações, usando-as como guia, enquanto Myllene examinava a formação rochosa ao horizonte.
— Acredito que estamos nos aproximando do local. – disse Myllene.
Klaudya olhou para o mapa e então para a paisagem diante delas. — Parece que estamos na direção certa, mas... o que é isso? – Apontou para um ponto dourado no horizonte, um brilho que não pertencia às estrelas.
As duas avançaram curiosas, cada passo as levando mais profundamente na vastidão do Deserto Radiante. A temperatura subia gradualmente, e o ar seco envolvia-as enquanto adentravam aquele território desconhecido.
Myllene tocou a areia dourada, sentindo sua textura sob os dedos. — É como se esta areia emanasse energia. Estranho! Eu nunca tinha visto este lugar antes.
Klaudya ergueu o olhar para as torres prismáticas ao longe, capturando os raios do sol. — Olhe Mylle, parecem estruturas incomuns. Será que estamos em algum tipo de lugar mágico? Como pode haver luz solar aqui se deste lado é noite?
As guardiãs trocaram olhares perplexos, percebendo que haviam adentrado um território completamente desconhecido para elas.
— Este lugar é impressionante, mas não parece seguro. – disse Myllene, cautelosa.
Klaudya concordou, seu olhar avaliando o ambiente. — Temos que ter cuidado. Não sabemos como nossas habilidades interagem com a energia deste lugar e tenho a sensação que estamos sendo observadas.
Enquanto exploravam mais adiante, as Solarians, curiosas com a presença das recém-chegadas, aproximaram-se lentamente, seus corpos dourados brilhando sob o sol do deserto.
As areias douradas começaram a vibrar com a presença das Solarians, e Marjan, a Resplandecente, emergiu da luz, com seus olhos brilhando em intensidade. Ela ergueu as mãos, e raios solares se fragmentaram, criando várias imagens refletidas no ar.
— ILUSÃO SOLAR
Naquele momento, foram criadas clones de Klaudya e Myllene, movendo-se em sincronia com os gestos de Marjan.
— O que é isso, Klaudya? – Perguntava Myllene
— Aquelas... aquelas somos nós? – Admirava-se Klaudya
Myllene e Klaudya, confusas e cautelosas, tentaram decifrar as ilusões que as rodeavam.
— O que está acontecendo? São... são nossas formas, mas... não somos nós. – disse Myllene, examinando as cópias perfeitas delas mesmas que agora avançavam em direção às guardiãs reais.
Klaudya ergueu as mãos e criou seus poderosos raios, mas hesitou.
— São apenas ilusões, mas não podemos subestimá-las. Não sabemos do que são capazes.
As ilusões das guardiãs avançaram, cada uma replicando os movimentos das originais, como se fossem reflexos distorcidos em um espelho.
— O que elas estão fazendo? Não podemos atacar nossas próprias imagens, mas precisamos neutralizá-las. – disse Klaudya, tentando traçar uma estratégia.
Myllene, com sua habilidade de controlar cristais, tentou criar uma barreira sólida entre elas e as ilusões, mas as imagens pareciam contornar suas defesas, movendo-se com uma agilidade surpreendente.
— O quê? Elas conhecem minha habilidade? – Perguntou-se
Marjan, mantendo um sorriso enigmático, falou:
— A mente é tão vulnerável quanto a luz que a ilumina. Vocês são fortes, mas suas percepções podem ser suas maiores fraquezas.
Enquanto as ilusões continuavam a se multiplicar, Myllene e Klaudya perceberam que a verdadeira batalha não estava nas formas que as enfrentavam, mas na compreensão de suas próprias mentes. Juntas, concentraram-se em resistir à manipulação das ilusões, procurando encontrar uma forma de quebrar o encanto que as aprisionava naquele embate ilusório.
Myllene concentrou sua energia cristalina, erguendo fragmentos de cristais do solo dourado. Ela os moldou rapidamente, transformando-os em espelhos reluzentes que capturavam e refletiam a luz do sol em todas as direções.
As ilusões das guardiãs, refletidas nos espelhos, hesitaram por um momento, como se confrontadas com suas próprias imagens distorcidas.
— Precisamos quebrar essa ilusão. – disse Myllene, mantendo sua concentração enquanto os espelhos oscilavam, direcionando os feixes de luz para as cópias.
Klaudya, vendo a estratégia de Myllene, manipulou os raios ao seu redor, direcionando-os para os espelhos. Os feixes de energia refletida começaram a interagir com as ilusões, criando efeitos coloridos de luz e sombra.
As ilusões das guardiãs, confusas e desorientadas pelas reflexões multiplicadas, começaram a enfraquecer, suas formas perdendo gradativamente o vigor. As imagens se fragmentaram lentamente, dissolvendo-se como partículas de luz dispersas pelo vento do deserto.
Marjan, observando a estratégia das guardiãs, sorriu satisfeita.
— Há beleza na resistência. – Murmurou para si mesma, desfazendo suas ilusões com um gesto suave de suas mãos.
À medida que as cópias desapareciam, a energia ilusória se dissipava, revelando Myllene e Klaudya, ainda de pé, triunfantes diante da provação. Elas olharam uma para a outra, com um sorriso em seus rostos.
O encontro entre as guardiãs e a resplandecente Marjan das Solarians havia sido uma prova não apenas de habilidades, mas também de sabedoria e força de vontade. O desafio superado fortaleceu não só a amizade entre Myllene e Klaudya, mas também sua compreensão das complexidades dos poderes e das nuances entre diferentes formas de energia.
No ápice do entardecer, quando os sóis pintavam o horizonte com tons dourados e as sombras começavam a estender-se pelo Deserto Radiante, as Solarians e as guardiãs do Oeste se encontraram. Um círculo de luz e energia envolveu o grupo enquanto se reuniam em um local onde as torres prismáticas captavam os últimos raios solares do dia.
Parisa, a Radiante, levantou-se, seus olhos brilhando com curiosidade. — Somos criaturas de luz, mas quais são suas habilidades, guardiãs do Oeste?
Myllene, com sua aura cristalina, respondeu: — Eu controlo os cristais, posso moldar e manipular minerais conforme minha vontade.
Klaudya, com seus raios em volta, continuou: — Eu domino os raios e a eletricidade, posso invocar e controlar tempestades elétricas.
Parisa sorriu, compartilhando suas próprias habilidades: — Manipulo a luz solar, criando feixes brilhantes e poderosos raios de energia.
Marjan, a Resplandecente, acrescentou com um sorriso: — Eu crio ilusões usando a luz solar, manipulando percepções e confundindo adversários.
— Então foi você quem criou cópias da gente no deserto? – Perguntou Klaudya
— Sim, fui eu e vocês se saíram muito bem. As cópias não foram criadas para fazer danos a vocês, espero que não fiquem ressentidas comigo, guardiãs do Oeste.
— Foi legal aquilo, o importante que estamos bem, não é, Klaudya? – Sorria Myllene.
— Eu não achei legal, mas já passou. – Sorria ironicamente.
Myllene, após ouvir as habilidades das Solarians, olhou para elas e disse. — Estamos em busca de uma planta lendária, uma que pode ser encontrada apenas nesta região. Vocês já ouviram falar dela?
Parisa, a Incandescente, respondeu: — Sim, conheço essa planta. Ela se chama Luminaris, e suas flores brilham como os sóis que nos alimentam. É uma planta rara.
Um brilho de esperança surgiu nos olhos de Myllene. — Por favor, nos guie até ela.
Com uma nova missão estabelecida, as Solarians e as guardiãs do Oeste uniram suas energias e habilidades, prontas para embarcar juntas em uma jornada pelo Deserto Radiante em busca da preciosa planta Luminaris. A união de seus poderes e conhecimentos prometia uma colaboração inédita em meio à beleza e aos desafios desse vasto deserto de luz.
Enquanto estavam andando, Myllene percebeu vibrações diferentes no solo.
— Este lugar tem muitas variações de energia, quanto mais nos aproximamos das torres antigas da cidade de vocês mais as variações aumentam.
— O que isso significa, Myllene? – perguntou Parisa
— Há seres vivos neste lugar!
— Impossível! Há séculos esta cidade foi destruída em uma guerra contra os Draliths. – respondeu Marjan
— Draliths? O que são eles? – perguntou Klaudya
— São seres humanoides de pele cintilante e olhos incandescentes. Suas habilidades estão ligadas à manipulação da luz. Eles habitam a cidade flutuante de Luminara, erguida sobre nuvens luminosas. No passado eles invadiram esta pequena cidade e mataram todos os habitantes para roubar as Luminaris. Nossas protetoras vieram para guerra contra eles, todos eles foram mortos aqui e as Luminaris foram preservadas. – explicou Parisa
— Sinto muito por isso. – Lamentava Myllene.
— O Oeste também sofreu invasões no passado, não foi? – Perguntava Parisa
— Infelizmente sim. Perdemos muitas vidas de nosso amado povo na campanha de invasão do Sul. – Lamentava Klaudya
— Mas vocês venceram e muitas outras raças admiram tudo o que vocês fizeram. – Falava Marjan.
— Nossa vitória está incompleta, todos nós vivemos em um mundo paralelo agora. – Falou Myllene
— Melhor um mundo paralelo do que nenhum mundo para viver. – Falava Parisa
— Isso será por pouco tempo. Iremos destruir esta realidade paralela e poderemos ter uma vida de verdade. – Afirmava Klaudya
— Olhem! Aquela é planta que vocês procuram. – Apontou Marjan
— Ela é linda! – falou Myllene enquanto apreciava e se aproximava da planta
Naquele momento surgia uma criatura humanoide na frente de Myllene
— O quê? Eu não consegui ver quando essa criatura chegou aqui. Que velocidade é essa? – perguntou-se Klaudya
— Draliths! Como isso é possível? – Gritou Parisa
— Vocês roubaram nossa planta sagrada! A gente jamais desistiria do que é nosso mesmo que tenhamos que derrubar a civilização de vocês! – Falava Dralya, princesa da cidade flutuante de Luminara.
— Todas as plantas do mundo pertencem a terra. Elas não têm donos. – Explicava Klaudya
— Cale a boca guardiã! – Dralya criava feixes de luz e apontava para Klaudya.
— Saia de nossas terras! Se você continuar aqui, será declarada invasora e será morta! – Alertava Parisa
Myllene deu um passo à frente e disse:
— Não se preocupe, irei assumir a partir daqui.
Dralya irradiava feixes de luz deslumbrantes, enquanto Myllene controlava cristais reluzentes que desafiavam a intensidade luminosa. O deserto se tornou um espetáculo de claridade e reflexos, as cores brilhantes contrastando com os prismas cristalinos.
— Desejo que isso seja breve para nós duas. – Afirmava Myllene
— DIAMANTES DA MORTE!
Os diamantes negros de Myllene, avançavam em direção a Dralya, mirando perfurações letais. Dralya, ágil e perspicaz, desviava dos diamantes com agilidade, manipulando a luz para criar escudos de proteção contra os ataques afiados.
A batalha era um duelo intenso entre poderes. Dralya lançava feixes de luz em tentativas de iluminar e ofuscar Myllene, enquanto esta erguia uma barreira de cristais, refletindo e desviando a intensidade luminosa.
— Você acha que conseguirá se proteger dos meus ataques pra sempre, guardiã? – Perguntava Dralya
Myllene, buscou pontos fracos nos escudos de luz de Dralya, lançando os Diamantes da Morte com precisão. Um deles rompeu as defesas de Dralya, causando uma hemorragia lenta e minando gradualmente sua energia.
— O quê? Ela me atingiu? Há algo de errado com esses diamantes. – Observava uma energia fluindo pelo corpo dela.
Dralya, tentava controlar a intensidade da luz, concentrava sua energia em um feixe luminoso devastador, buscando enfraquecer Myllene.
— LUZ DE SANGUE
O intenso feixe de luz vermelha varreu a área, ofuscando tudo ao redor. Quando a luz se dissipou, Myllene estava de pé, mas ferida. Diversas partes do corpo dela estavam machucados.
As hemorragias causadas pelos Diamantes da Morte de Myllene tornavam-se mais intensas, minando os sentidos de Dralya lentamente e derrotando-a.
Dralya, aproximou-se de Myllene, com seu olhar refletindo indiferença.
— Você é habilidosa e resistente, guardiã dos cristais, sobrepôs a minha luz.
Myllene, respondeu com um olhar firme.
— A luz é poderosa, mas os cristais são eternos. Saiba que a resistência sempre irá persistir.
Klaudya chegou próximo a Myllene e energizou o corpo dela com seus raios enquanto Dralya desaparecia entre a luz.
— Logo seus ferimentos estarão recuperados minha amiga. – Sorria
— Ela morreu? – Perguntava Myllene
— Não. Ela recuou devidos os ferimentos que seus diamantes provocaram nela. – Respondeu Parisa
— Aqui está a planta que vocês estavam procurando, por favor, pegue. – Falava Marjan
— Obrigada, Marjan – Agradecia Klaudya
— O que vocês farão agora? – Perguntava Parisa
— Voltaremos ao Oeste. – Respondia Klaudya
— Espero que algum dia a gente possa se reencontrar fora dessa realidade que foi criada por ela (Rhebeka). – Falava Parisa olhando para o céu.
— Este dia não vai demorar. – Afirmava Myllene enquanto caminha com Klaudya pra o Oeste.
O retorno de Klaudya e Myllene ao Oeste foi marcado por um cenário devastador. A luta contra as guardiãs do Sul deixara marcas profundas na terra outrora exuberante. O solo estava arrasado, árvores caídas e estruturas destruídas mostravam a fúria do confronto.
Enquanto observavam a desolação que se estendia diante delas, Klaudya e Myllene sentiram o peso da derrota. Ajudaram a levantar a região, mas não puderam evitar a destruição completa.
Entretanto, o céu trouxe uma visão peculiar. Witc e Sulh, que lutaram corajosamente, agora estavam presos em um quadro dimensional. Uma energia imensa emanava de seus corpos fundidos, mantendo um equilíbrio entre o mundo real e o universo, fornecendo o oxigênio necessário para a sobrevivência das pessoas na Terra.
Klaudya olhou para Myllene, lágrimas de tristeza e impotência brotando de seus olhos.
— É doloroso ver eles desta forma, eles carregam em si tanto sofrimento, se sacrificando para manter o equilíbrio. É um lembrete de tudo o que perdemos.
Myllene, com um nó na garganta, concordou com um suspiro pesaroso.
— Eles estão morrendo lentamente para manter a vida de todos nós por mais tempo. Eles que ficaram separados por tanto tempo e no dia que puderam finalmente encontrar um ao outro, foram separados, mesmo estando juntos, nos braços um do outro. É uma realidade cruel.
Enquanto isso, Palloma e Paolla, líderes do Oeste, observavam a cena, lágrimas escorrendo por seus rostos. A tristeza era palpável em seus olhos ao verem Witc e Sulh, antes separados, agora unidos para sustentar a existência na Terra. O sacrifício deles ecoava como uma melodia sombria no coração de todos os presentes, um lembrete doloroso da complexidade do conflito e da perda irreparável.
— Aguentem mais um pouco meus amigos, em breve tiraremos vocês daí. – Falava Paolla
— Palloma! Trouxemos a planta que nos pediu. – Falava Myllene que chegava correndo
Palloma e Paolla se aproximavam da planta e sentia a complexidade da energia dela.
— Elviry! Acorde todos os seres mitológicos do Oeste! Eu e Palloma iremos até o reino proibido. – Falava Paolla
Enquanto isso no céu, Sulh, com olhos tristes e a aura de energia do caos cada vez mais fraca, olhou para Witc, seu rosto demonstrando a angústia de uma despedida iminente.
— Minha energia está acabando, Witc. Logo não conseguirei mais manter esse equilíbrio.
Witc, sentindo um aperto no peito, segurou as mãos dela.
— Não, Sulh, você não pode me deixar. Aguenta um pouco mais, por favor.
Sulh tentou sorrir, mas lágrimas escorriam por suas bochechas.
— Eu te amo, Witc. Mas não consigo mais aguentar, estou fraca, sem energia, estou morrendo.
Com um olhar angustiante, Witc tomou uma decisão.
— Eu não vou deixar você morrer. Vou compartilhar metade da minha energia com você.
— Não faça isso, Witc! Você morrerá! – Gritava Sulh com lágrimas nos olhos
— Se a minha vida será dada a você, não há problema nisto meu amor.
Ao transferir parte de sua própria energia para Sulh, Witc começou a enfraquecer rapidamente. Seu corpo tremia, a intensidade de sua aura diminuía aos poucos.
Sulh, abraçando-o com força, chorou em silêncio.
— Você é tudo para mim, Witc. Eu não posso te perder, eu nunca estou preparada pra te perder.
Enquanto Witc enfraquecia, a energia do caos começou a se revitalizar. O quadro dimensional se iluminou novamente, e o oxigênio na Terra aumentou, rejuvenescendo a vida. A vitalidade retornava, mas Witc continuava a definhar diante dos olhos de Sulh.
Sulh, com uma expressão de dor e amor, segurou o rosto de Witc entre suas mãos.
— Você fez tanto por todos nós. Eu te amo mais do que as palavras podem expressar.
Com lágrimas nos olhos, Sulh assistia impotente enquanto Witc, enfraquecido pela transferência de energia, estava morrendo lentamente. Seu sacrifício era um último ato de amor e resistência, uma despedida dolorosa, mas vital para a sobrevivência de todos.
— Não posso deixar você morrer, Witc! – O desespero aumentava dentro de Sulh ao perceber que o coração de Witc estava parando.
Ela criava uma esfera roxa em volta de Witc pra retardar os impactos do vacou vindo do universo.
— Witc, sem você eu não consigo, você não pode morrer! – A pele de Witc começava a ficar pálida e a respiração dele reduzia.
— Witc! – Sulh começava a chorar, ela entrava na esfera e abraçava ele amorosamente beijando a boca dele enquanto lágrimas caíam sobre rosto dele.
As guardiãs sentiam que a energia de Witc estava desaparecendo e elas corriam e olhavam para o céu.
— Witc tá morrendo Palloma! Precisamos voltar!
— Paolla a gente precisa continuar por mais difícil que seja este momento. Precisamos fazer valer a pena o sacrifício de Witc.
— O que você está dizendo? – Paolla começava a chorar desesperadamente. — O coração dele tá parando, ele não vai aguentar, Sulh não pode salvá-lo! Se ela salvar ele com a energia do caos todo o vacou do universo vai entrar na terra e todos nós morreremos, se ela deixá-lo morrer, a terra poderá sobreviver mais algumas. Pelos deuses, por que eles precisam sofrer tanto?
— É por isso que precisamos continuar! Não temos tempo! – Alertava Palloma
Gyna chegava embaixo do quadro dimensional com o rosto triste e olhos inchados de tanto chorar.
— Você me resgatou quando ninguém acreditava mais em mim, quando todos me abandonaram, você se sacrificou por mim. Witc, chegou minha vez de fazer o mesmo por você mesmo que seja por apenas algumas horas para te manter vivo.
— LUPI IMMOLANT
Gyna transferia toda a energia do corpo dela para Witc e criava um raio de energia que saía do corpo dela para o corpo de Witc como uma ponte.
— Obrigada por tudo, Witc. – Gyna sorria enquanto caía no solo embaixo do quadro dimensional.
— Gyna... – Witc esticava a mão do alto em direção a ela.
Sulh com os olhos cheios de lágrimas via Gyna se sacrificando por Witc.
— Rhebeka, eu juro por minha vida que eu irei matar você com minhas próprias mãos! – Com uma expressão furiosa Sulh fazia uma promessa violenta, suas palavras ecoavam pela dimensão paralela.
Longe do Oeste um anjo chegava até Rhebeka.
— Você ouviu o que Sulh falou dentro da dimensão paralela, celestial Rhebeka?
— Sulh e Witc morrerão no quadro dimensional e depois deles toda a humanidade. Somente os celestiais farão parte do universo. – Respondia para Arckytous.
— E se eles não morrerem? Sulh tem o poder de matar celestiais e Witc... Bem, você já sabe o que ele pode fazer.
— Por isso os dois devem ser mortos.
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