>> MENU <<

Amynah presenciava o aumento do poder de Sulh, sentindo a atmosfera ao seu redor se distorcer novamente. Ela tentava se manter firme diante de tal poder.

Assim como sua mãe Gabryelle, Amynah tem como essência de seu poder o controle sobre as rosas, mas as rosas que ela domina são as rosas divinas. De imediato ela levantava suas mãos e as rosas começavam a florescer ao seu redor, flutuando no ar, prontas para agir a qualquer comando, então ela começa a falar:

— Você subestima o que esse selo representava, Sulh. Ele não apenas te limitava, mas também mantinha o equilíbrio para o controle de seus poderes e ações — disse Amynah, com a sua voz carregada de tristeza pressentindo o que poderia acontecer.

Sulh, agora livre das restrições, abriu os olhos, revelando um brilho quase insano de poder incontrolável. — Equilíbrio? Equilíbrio é uma ilusão criada pelos fracos para justificar sua incapacidade. Eu vou remodelar este mundo.

Amynah ergueu a mão, e um vento forte começou a girar ao seu redor, envolvendo as rosas divinas em um turbilhão de pétalas afiadas como lâminas. — Se quer remodelar este mundo, terá que passar por mim primeiro.

Com um gesto, Sulh desintegrou o chão sob seus pés, transformando a matéria em poeira cósmica que flutuava ao redor dela. Ela avançou, distorcendo o espaço ao seu redor para evitar as pétalas mortais das rosas.

Amynah fez um movimento rápido com a mão, e o vento respondeu, lançando as rosas letais em direção a Sulh. Porém, Sulh abriu um portal dimensional diante de si, sugando as pétalas para uma dimensão desconhecida.

— Impressionante, Amynah. Suas rosas saem de dimensões diferentes absorvendo a energia do próprio universo em pequenas quantidades. Mas eu também controlo as dimensões — disse Sulh, com sua voz ecoando de múltiplas direções enquanto ela emergia de um portal atrás de Amynah, segurando o ombro dela.

Amynah, contudo, com um movimento ágil, girou o corpo e invocou um redemoinho de vento que empurrou Sulh de volta. — Eu também posso manipular as dimensões, eu fui treinada dentro delas pelas deusas do Leste e tenho algo que você não tem: controle sobre o vento!

Amynah aumentou seu poder e ampliou a força do vento misturando com as rosas que destroem tudo que toca.

Sulh deu um sorriso sombrio. — Controle sobre o vento? Eu conheço um lugar onde não tem vento, pelo menos não o vento que conhecemos.

Com uma velocidade fora do normal, Sulh segura Amynah pela face e arrastava ela pra uma dimensão longínqua onde somente o vacou existe. Dentro dessa mesma dimensão Sulh abre portais que estão próximos ao sol e o vento solar começa queimar o corpo de Amynah.

— Você acha que é superior aos outros somente por controlar os ventos da terra? Sinta esse vento abrasador até seu último suspiro! — Sulh sorria

— A intensidade desse calor está impedindo de eu abrir um portal para sair daqui. Se eu continuar desse jeito terei meu corpo pulverizado. — Pensava

Amynah tentava reunir pequenas partículas pra ter acesso em pequena escala ao vento espacial pra reduzir o impacto do calor no seu corpo. Ela aumentava seu poder mesmo sabendo que Sulh poderia matá-la rapidamente, então Amynah abriu múltiplos portais ao lado de Sulh pra tirar a atenção dela e conseguiu escapar pra outra parte.

A batalha se intensificou em uma dimensão desconhecida do universo. Sulh abriu múltiplos portais, tentando pegar Amynah de surpresa, enquanto desintegrava tudo que tocava. Amynah, em resposta, usava o vento espacial para se mover com agilidade e lançava suas rosas divinas, que cresciam e se multiplicavam.

— Este é o fim para você, Amynah! — gritou Sulh, enquanto desintegrava rochas espaciais e jogava contra Amynah.

Amynah, sem hesitar, invocou uma tempestade de vento espacial misturada com rosas que desintegrou a rocha em pedaços, transformando-os em mais rosas divinas.

Sulh, furiosa, distorceu a dimensão ao seu redor novamente, tentando engolir Amynah em um vazio eterno. Mas Amynah invocou outro portal e se livrou da distorção dimensional de Sulh, estabilizando o espaço onde estava.

— Sua arrogância será sua queda, Sulh. Você pode destruir tudo ao seu redor, mas não pode destruir a essência da vida — disse Amynah

Sulh, percebendo a verdade nas palavras de Amynah, hesitou por um momento. Mas logo a fúria tomou conta novamente. — Não importa, o caos sempre encontrará um caminho.

A luta continuou, cada movimento, cada ataque, um reflexo das personalidades e poderes de ambas. Sulh, com sua natureza caótica e destrutiva, e Amynah, com sua serenidade e controle. A batalha não era apenas física, mas também filosófica, um embate de ideologias e poderes.

— Pare com isso, Sulh. Você não é assim. — A voz de Witc rodeava os pensamentos de Sulh e deixava ela desestabilizada por um momento.

— Essa voz... Eu conheço essa voz.

Em uma distração de Sulh, Amynah conseguiu criar uma abertura. Com um movimento final, invocou todas as rosas divinas ao seu redor, concentrando todo o seu poder em um único ataque devastador. As rosas se lançaram em direção a Sulh, que tentou desintegrá-las, mas estava pensativa na voz que ouviu em sua cabeça.

— Adeus, Sulh — disse Amynah, enquanto as rosas divinas envolviam Sulh em uma tempestade de pétalas, destruindo tudo que tocavam.

Amynah abria uma nova dimensão e caía na terra com marcas de queimaduras espalhadas por seu corpo, respirando pesadamente, mas brevemente vitoriosa.

Sulh havia desaparecido, sua presença sumiu. Gabryelle, observando de longe, suspirou de alívio, sabendo que sua filha estava viva e havia voltado para o Leste mais uma vez.

Enquanto Amynah se recuperava e a calmaria retornava a montanha, um silêncio inquietante tomou conta do ambiente. De repente, uma energia ainda mais poderosa e sinistra começou a pulsar no ar. Amynah sentiu um calafrio na espinha e seus sentidos imediatamente se alertaram. 

— Isso não pode ser... — Amynah, olhando ao redor com olhos atentos.

Sulh que havia desaparecido retornava em frente a mensageira, um redemoinho de energia caótica começou a se formar. A energia era densa, quase palpável, e parecia devorar a luz ao seu redor. Amynah preparou-se, reunindo o vento e as rosas divinas ao seu redor novamente.

— Não subestime o poder do caos, Amynah. O caos é eterno — a voz de Sulh ecoou como um trovão. 

Sulh reapareceu, emergindo do redemoinho com uma força renovada e uma presença ainda mais ameaçadora. Seu corpo brilhava com uma luz negra, os olhos irradiando poder puro e descontrolado. A própria realidade parecia se curvar ao seu redor, distorcendo-se sob a pressão de sua aura.

Amynah se colocou em posição de combate mesmo estando gravemente ferida, determinada a enfrentar Sulh novamente. — Mesmo que o caos seja eterno, os ventos sempre encontrarão uma maneira de existir. 

Sulh apenas sorriu, um sorriso carregado de arrogância e certeza. — Vamos ver até onde vai sua crença, mensageira do Leste.

Com um gesto brusco, Sulh abriu um portal dimensional atrás de Amynah, sugando-a com uma força irresistível. Amynah tentou resistir, mas a energia do portal era avassaladora. Ela foi puxada para dentro do portal, sentindo-se arremessada através das dimensões.

— Meu corpo parece que vai se despedaçar pela pressão dessa dimensão — Começava a sair sangue da boca de Amynah, dos ouvidos e dos olhos.

Quando Amynah emergiu do outro lado, ela se encontrou arremessada dentro do Castelo dos Ventos, um local que deveria ser seu refúgio, mas agora parecia ser o seu túmulo. Gabryelle, que estava no castelo, correu ao ver sua filha sendo jogada com força contra uma parede.

— Amynah! — gritou Gabryelle, correndo para ajudá-la.

Amynah se levantou com dificuldade, com traumas espalhados por seu corpo, ela mantinha os olhos fixos em Sulh, que atravessava o portal atrás dela.

— O Castelo dos Ventos... — Sulh com sua voz carregada de uma satisfação sinistra. — Este castelo será o túmulo de suas esperanças.

Sulh levantou as mãos e começou a manipular as dimensões dentro do próprio castelo, distorcendo os corredores e salas, criando um labirinto de caos e desintegração tudo. Gabryelle, sentindo a gravidade da situação, se colocou ao lado de Amynah.

— Não podemos deixar que ela destrua tudo o que protegemos. — Falou Gabryelle

Sulh avançou, desintegrando tudo em seu caminho enquanto tentava alcançar Amynah e Gabryelle. Amynah invocou um tornado dentro do castelo, utilizando o vento para tentar conter a invasão dimensional de Sulh. Gabryelle, por sua vez, ergueu barreiras de energia, tentando estabilizar o espaço ao redor delas.

Amynah, usando suas habilidades dimensionais, abriu pequenos portais para redirecionar os ataques de Sulh para longe. 

— Que bagunça é essa no sagrado Castelo dos Ventos? — Chegava Andrielly olhando fixamente para Sulh.

— Ela é Sulh, antiga guardiã de elite do Oeste que hoje está lutando pelo Sul. — Explicava Amynah

— Não importa quem ela seja, no nosso castelo ela não terá poder. — Explicava Andrielly enquanto o castelo ficava escuro e a imagem de uma deusa aparecia diante de Sulh, era a deusa mitológica dos ventos do Leste, Samirya.

— MALDIÇÃO DOS VENTOS DO LESTE

Andrielly usava sua poderosa técnica que trazia um vento amaldiçoado que suprimia o poder de Sulh fazendo ela perder a instabilidade dimensional. Sulh caía do castelo enquanto Andrielly com uma adaga sagrada arremessava no peito de Sulh.

— Obrigada por me dar o privilegio de ter a adaga dos ventos. — Elly aparecia na frente de Sulh e segurava a adaga.

>> 38. Elly, Manipuladora da Realidade