17. A queda do castelo nórdico

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- Vocês estão profanando o solo sagrado deste lugar – Chegava Anysa incendiando tudo dentro do castelo.

O solo do castelo começava a abrir fendas e de dentro delas saíram fogo e se espalhavam por todo o castelo. Anysa se certificava que as entradas do castelo fossem fechadas e manipulava o fogo que formava uma barreira que consumia tudo na entrada principal tornando impossível a entrada ou saída do pátio do castelo.

- Ninguém entra e ninguém irá sair daqui — Alertava Anysa

A grande parede de gelo que Sibelly havia feito começava a derreter. A escada de gelo começava a desmoronar e ficava mais difícil salvar Seliny que estava na dimensão paralela.

- Se a situação continuar assim, Klymene sairá da prisão de gelo. - Pensava Sibelly

Anysa pulava e ficava no topo do salão principal do castelo em cima de uma estátua de um anjo chorando. As chamas que ela controlava se espalhavam cada vez mais, a temperatura aumentava enquanto consumiam cada centímetro do castelo. Anysa mantinha seu olhar firme, o brilho de seus olhos refletindo a intensidade do fogo que controlava. Sibelly, com seus poderes duplos sobre gelo e fogo, tentava desesperadamente conter o avanço das chamas que ameaçavam destruir não apenas o castelo, mas também suas esperanças.

Enquanto isso, Polyana e Cinthya, usavam suas respectivas habilidades, tentando romper a barreira de fogo que Anysa erguera. Seus movimentos eram velozes, cortando o ar como lâminas afiadas, mas a energia contida nas chamas parecia resistir a qualquer investida. O solo tremia sob a batalha saindo cada vez mais fogo das fendas, e o eco dos gritos se misturava aos ruídos incessante das chamas.

- Sinto que meu corpo não vai aguentar mais por muito tempo. – Avisava Polyana

- Precisamos continuar mesmo que isso custe nossas vidas! – Cinthya com sua habilidade de velocidade e força mira nas colunas na saída do castelo e as atingem com seu golpe forte e poderoso e faz um enorme buraco ao lado da porta de saída, mas ao fazer isso Anysa faz com que novas chamas cheguem a saída impedindo o plano da guardiã.

- Maldita! Se Seliny estivesse aqui ela poderia controlar as chamas também. Sinto que meus pulmões estão ficando pesados, mal consigo respirar, fiquei mais cansada ao usar minha velocidade. – Lamentava Cinthya

Na prisão de gelo, Klymene sentia o frio penetrar em seu corpo. Cada segundo ali parecia uma eternidade, e ela tentava concentrar sua força para se libertar, era difícil manter a respiração, seu corpo estava prestes a ter um colapso hipotérmico por causa da onda fria causado pelo gelo. O gelo ao seu redor, antes estável, começava a trincar sob a influência do calor provocado pelo fogo de Anysa. O destino de Klymene estava prestes a ser decidido, vinculado à resolução dessa batalha intensa.

- Preciso libertar Seliny! Não consigo lutar e proteger Polyana e Cinthya ao mesmo tempo, elas estão ficando cansadas e fracas. – Pensava Sibelly

Enquanto isso, Seliny permanecia aprisionada em uma dimensão paralela, observando o colapso do castelo e a luta feroz que se desenrolava. A preocupação em seus olhos era evidente, pois sabia que seu destino estava ligado à vitória ou derrota de Anysa.

Sibelly, apesar de seus esforços, começava a perceber que controlar tanto o gelo quanto o fogo a enfraquecia diante do poder singular de Anysa. As labaredas aumentavam, formando um redemoinho incandescente que envolvia as adversárias. Anysa, com olhos flamejantes, avançava decidida a derrotar as invasoras.

- Sibelly, você não pode deter o que está destinado a acontecer. Este castelo será seu túmulo, a menos que aceite a verdade. - Anysa proferiu suas palavras como brasas ardentes.

As lágrimas de Sibelly misturavam-se ao vapor gerado pelo derretimento de seu próprio gelo. O dilema a envolvia enquanto enfrentava a inegável certeza de sua derrota iminente. O fogo, agora sob controle absoluto de Anysa, iluminava o cenário sombrio como uma sentença final.

- Não consigo manter mais a prisão de gelo. Estou enfraquecendo, não consigo manipular o fogo contra ela, mas libertar Klymene será nossa sentença de morte. Não há outra solução a não ser... – Sibelly, preparava-se para atacar.

Sibelly fechava os olhos e concentrava seu poder de gelo contra Anysa que estava perto do teto do castelo.

- EXPLOSÃO DO ÁRTICO

- Blocos de gelo? Estão vindo em minha direção! – Anysa pulava de uma estátua para outra do lado esquerdo do castelo e via os blocos de gelo quebrando o teto do castelo.

- Por muito pouco não fui atingida pelos blocos de gelo – Refletia Anysa e avançava contra Sibelly manipulando as chamas contra ela.

A batalha prosseguia, os elementos colidindo em um espetáculo de desespero e determinação. Enquanto Anysa avançava, as sombras da prisão de gelo e da dimensão paralela pareciam convergir, delineando o destino cruel que aguardava todas aquelas envolvidas nos perigosos ataques de gelo e fogo e seus poderes elementares.

O aumento do fogo alcançou um clímax ensurdecedor enquanto Anysa avançava, envolta em chamas que obedeciam ao seu comando. Polyana e Cinthya, agora cientes de que não podiam enfrentar a intensidade do fogo, recuavam, suas expressões refletindo desespero. Sibelly, enfraquecida por não conseguir manter o controle de seus poderes, lutava para manter-se de pé.

Anysa, com olhos chamejantes, dirigiu-se a elas com uma determinação impiedosa:

- Vocês não podem mais resistir. O destino deste lugar já está selado pelo fogo sagrado.

As lágrimas de Sibelly misturavam-se ao vapor gerado pelo derretimento do gelo, enquanto ela lutava para manter-se de pé diante do avanço impiedoso de Anysa. Polyana e Cinthya trocaram olhares, compartilhando um silencioso entendimento de que estavam prestes a enfrentar uma derrota inevitável.

- Não temos como derrotar estas chamas. – Caía de joelhos Cinthya

- Levante-se Cinthya! Se continuar aí você irá morrer! – Polyana alertava desesperada

Com um gesto rápido, Anysa manipulou um turbilhão de chamas que envolveu suas oponentes. O calor era insuportável, e o desespero se intensificava à medida que o fogo consumia tudo ao redor. O castelo, uma vez imponente, agora era engolido por uma tempestade de chamas.

Longe dali, na morada das mensageiras da morte, Néftis falava com sua irmã Nefertari.

- Anysa vai destruir o castelo de entrada da cidade? – Sorria para sua irmã.

- Anysa nunca gostou daquele castelo, ela sempre disse que o castelo deveria ser refeito mais alto e com crápulas em vez de anjos. – Respondia Nefertari.

- Nossa rainha Tassilya não vai ficar feliz com essa destruição. – Sorriam as duas.

Enquanto isso no castelo, Polyana e Cinthya, sob o domínio implacável do fogo, caíram de joelhos, suas forças esgotadas. Sibelly, tentando resistir até o último momento, cedeu ao chão, seus poderes enfraquecidos pela exaustão. O castelo, antes um símbolo de poder e grandiosidade, agora era uma ruína ardente, refletindo a tragédia que se desenrolava.

- De joelhos guardiãs do Leste! Apreciem esta linda paisagem que preparei pra ser o túmulo de vocês. – Falava seriamente olhando para as guardiãs.

Anysa permaneceu no centro da devastação, sua sombra banhada pela luz das chamas. Seus olhos, uma vez cheios de fúria, agora mostravam um misto de tristeza e determinação.

- Este é o preço da invasão as nossas terras sagradas. O fogo purificador não poupará aqueles que desafiam seu curso. - Anysa proclamou com uma voz que ecoava através das ruínas.

O cenário estava impregnado de desolação, os destinos entrelaçados das quatro guardiãs selados em uma tragédia indescritível. As lágrimas de Seliny na dimensão paralela, testemunhando a queda de suas amigas, eram uma expressão dolorosa da perda irreparável.

O fogo que consumira o castelo começou a diminuir, deixando para trás apenas cinzas e ruínas. Anysa permanecia no meio da desolação, olhando para o que restava, enquanto a tristeza pairava no ar como uma sombra eterna. O destino, cruel e inexorável, havia traçado um caminho de destruição e sofrimento, e as chamas que agora se apagavam eram testemunhas silenciosas da tragédia que se desenrolara.

Klymene estava liberta da prisão de gelo. Anysa pulava de volta ao piso do castelo em ruínas e caminhava em direção a Klymene.

- Conseguimos defender a entrada de nosso clã! – Anysa falava com muita alegria para Klymene

- Sim, conse... gui... mos.

- KLYMENEEEEEEEEEEEEEEE!

O desespero tomou conta de Anysa enquanto testemunhava a cena diante dela.

Richelly, pulava do teto do castelo onde Sibelly tinha destruído com seu golpe, e desencadeou uma técnica brutal. "1000 ESPADAS DE GELO", murmurou, e o ar se tornou um mar de lâminas gélidas.

O corpo de Klymene, que antes era vibrante de vida, foi perfurado inúmeras vezes pelas afiadas estacas de gelo. Seu rosto, antes cheio de vigor, contorceu-se em agonia. Anysa, paralisada pela horrível visão, viu a luz nos olhos de Klymene se apagar lentamente, como estrelas que desvanecem na escuridão.

O silêncio que se seguiu foi mais ensurdecedor do que qualquer grito. O clã que acabara de defender agora testemunhava a perda de uma parte vital de sua força. Anysa ajoelhou-se ao lado do corpo de sua amiga, lágrimas silenciosas misturando-se à neve ensanguentada. A vitória transformou-se em tristeza, e o gelo que ela havia derrotado tornou-se testemunha muda de uma tragédia indescritível.

<< 18. Gelo e fogo

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